A banda Tokyo Drive estampa a nova capa da edição digital da Energy Mag para contar detalhes sobre o lançamento de “Burnout Season”, aguardado álbum de estreia, que chega a todos os aplicativos de música no dia 30 de maio pela Marã Música. Com oito faixas que transbordam energia, emoção e versatilidade, o disco nasce de um longo processo de amadurecimento artístico e pessoal dos integrantes, consolidando o som potente e autêntico da banda porto-alegrense, que em 2022 já havia mostrado sua força ao abrir o show do Guns n’ Roses na capital gaúcha.
Gravado entre os estúdios Dry House e Black Stork, e produzido por Renato Osorio, “Burnout Season” mergulha nas camadas mais densas e também mais resilientes da experiência humana. Com uma sonoridade que transita entre o rock alternativo, nuances de metal e baladas cruas como Sweet Delusion, a banda mantém sua identidade plural, fugindo de rótulos e desafiando expectativas. “Nosso foco foi fazer cada faixa como se fosse um single, com refrãos marcantes, daqueles que são feitos para serem cantados em uníssono nos shows.”
O álbum começou a ser composto ainda em 2020, em plena pandemia, após o fim traumático de uma banda anterior. O isolamento, as emoções à flor da pele e o desejo de recomeçar se transformaram em combustível criativo. O resultado é um disco direto, forte e acessível, pensado para causar impacto e deixar aquele famoso “gostinho de quero mais”. Composto por Marcelo Peters Melo (guitarras e vocais), Murilo Bittencourt (guitarras), Leonardo Melo (baixo e vocais) e Chantós Mariani (bateria e piano), o Tokyo Drive conta ainda com teclados de Vinícius Möller na faixa Sweet Delusion, masterização de Benhur Lima e capa assinada por Gabriel Costa Ijuí.
“Burnout Season” chega com a força de quem sabe o que quer: “Estamos muito orgulhosos do nosso debut. Apesar de ser o primeiro disco do Tokyo Drive, todos nós temos estrada com outras bandas, e trouxemos toda essa bagagem para criar o melhor trabalho que já fizemos”, finalizam.
E se depender da intensidade e da honestidade desse disco, a estrada da banda está só começando.
Confira a entrevista exclusiva:
“Burnout Season” marca um novo capítulo para a banda, mas também carrega um processo emocional profundo. Como foi transformar sentimentos tão intensos como exaustão, desilusão e superação em canções?
Na verdade foi bastante natural. Dizem que o que é ruim de passar é bom de contar, né? Parece que funciona na hora de compor também. As letras do álbum retratam muitas experiências pessoais dos anos recentes, e colocar esses sentimentos no papel para dividir com o nosso público acaba sendo também uma forma de desabafo.
A trajetória de vocês já começou com um feito grandioso: abrir o show do Guns N’ Roses em Porto Alegre. De que forma essa experiência influenciou o amadurecimento artístico que agora transparece no álbum de estreia?
Esse é o tipo de marco que faz a régua subir. A gente nunca quer dar um passo pra trás. Então, apesar de não tocarmos em estádio toda semana (uma pena, adoraríamos), o legado resultante de um show desse tamanho faz a gente carregar uma tremenda responsa! A ideia é sempre daqui para melhor. Sempre vamos lembrar daquele momento e tentar honrar o papel de uma banda que tem a oportunidade de se apresentar em um evento desse porte.

O disco é bastante plural, tanto em temáticas quanto em sonoridade, transitando entre o rock alternativo, metal e baladas mais cruas. Como vocês equilibraram essas influências distintas mantendo a identidade do Tokyo Drive coesa ao longo das oito faixas?
A pluralidade, mesmo dentro das linhas do rock, é fato. Esse foi outro fator que surgiu naturalmente. Não foi algo que pensamos, planejamos e definimos sobre o que queríamos do nosso som. Conhecemos as influências uns dos outros dentro da banda e sabemos que é essa mistura que cria nossa identidade sem seguir uma fórmula. As coisas simplesmente acontecem. Temos algumas influências comuns aos quatro, outras peculiares a esse ou àquele integrante, e é isso que faz o Tokyo Drive ser o Tokyo Drive. Nós mesmos temos dificuldade em definir um rótulo para o nosso som quando questionados sobre isso, e achamos que é um ótimo problema para se ter!
Vocês mencionam que cada música de Burnout Season foi pensada como se fosse um single. Na visão de vocês, qual faixa melhor representa o espírito do álbum, e por quê?
Hoje, acreditamos que “Steal My Thunder” é a faixa que traduz melhor o sentimento de burnout, esgotamento, cansaço, falta de energia… ao mesmo tempo, ela passa uma mensagem sobre se manter firme frente aos percalços e pensar em alternativas de resistir. Além da letra, acabou nos marcando bastante como uma das nossas favoritas atualmente. Ela é a faixa 2 do álbum e uma das 5 inéditas. Estamos bem ansiosos pra colocar esse som na rua e saber o que a galera vai achar.