O Festival MUCHO! chega à sua 8ª edição em São Paulo, celebrando a riqueza percussiva da América Latina. O maior encontro anual gratuito que une os latinos na cidade de São Paulo, escolheu este ano, mergulhar na essência rítmica dos tambores, simbolizando uma ode à diversidade e à conexão cultural que atravessa o continente. O MUCHO! reunirá entre os dias 14 e 15 de Setembro no Tendal da Lapa artistas como a banda pioneira do gênero Afrobeat no Chile, Newen Afrobeat, a cubana de canto neo-soul, ritmos afro-caribenhos e pop polido do novo milênio, Daymé Arocena, os colombianos com o projeto afrofuturista que invoca espíritos e audiências dançantes em todo o mundo, Ghetto Kumbé, e representando o Brasil, Ilú Obá De Min celebrando seu 20º aniversário com um espetáculo especial que homenageia duas décadas de impacto e inovação na promoção da cultura afro-brasileira. Tudo isso, de graça.
Em todas as suas edições, o MUCHO! buscou trazer temas centrais para promover a diversidade, o acesso a rica cultura da América Latina e também o conhecimento da história do nosso povo. Por isso, o oitavo encontro, além de manter a sua marca registrada, tem como tema ressaltar as raízes diásporas africanas da música latina-americana com os tambores. O instrumento que é o coração pulsante da música afro-latina, refletindo a ancestralidade, resistência e alegria dos povos latino-americanos. De norte a sul das Américas, a percussão desempenha um papel vital em rituais, festas e expressões culturais, sendo uma celebração da diversidade e da criatividade que moldam a música do continente. Cada batida de tambor carrega uma história, uma tradição e uma energia que conecta o passado ao presente, servindo como uma ponte entre as gerações e culturas.
Escolhidos a dedo, o Festival MUCHO! anuncia Newen Afrobeat,com 15 anos de experiência, os chilenos vêm abrindo caminho no cenário da world music, do jazz e da música afro-latina global. Já fizeram colaborações com Chico César e as lendas do afrobeat, Tony Allen, Seun Kuti e Femi Kuti. Daymé Arocena, nascida em Cuba e reconhecida por suas suas complexas harmonias vocais, já foi indicada ao GRAMMY e seu novo disco “Alkemi” é uma jornada profunda por séculos de ritmos afro-latinos cintilantes e foi produzido por Eduardo Cabra, do grupo Calle 13. Ghetto Kumbé, uma das bandas de música alternativa mais importantes da Colômbia, por sua inovação e a impossibilidade de resistir ao ritual eletrônico com percussão baseada em ritmos afro-caribenhos e afro-colombianos influenciados pela música africana. Além do conceito visual de máscaras etno-futuristas fluorescentes. E Ilú Obá De Min, conhecido também pelo seu bloco que, há 20 anos, abre o carnaval de rua de São Paulo. O coletivo, que reúne cerca de 400 integrantes, fará um show especial de aniversário contando a rica história do bloco por meio de uma combinação de performances musicais, danças e projeções audiovisuais.
Além das atrações musicais, vai ter pela primeira vez as maiores festas latinas juntas em um único lineup de Festival! ¡SÚBETE! e BOGOTÁ de São Paulo, recebem a Viva La Pachanga de Fortaleza!
“A percussão não é um mero acompanhamento, é a protagonista que dita o ritmo da América Latina. Cada batida de tambor se conecta com diferentes tradições e narrativas culturais que se fundem numa pulsação única. A gente vai perceber nas músicas das atrações do MUCHO que a percussão não só faz a gente dançar, mas toca a alma. Então o MUCHO! deste ano é ritmo, é pulsação, é luta, é sobrevivência e é a união do nosso continente através do ritmo do tambor.” conta entusiasmado o curador, Felipe França Gonzalez.
Uma novidade desta edição, é a estreia do MUCHO + Conexão, um expansão do evento que realiza shows individuais em dias e espaços diferentes pela cidade. E para abrir com chave de ouro, teremos neste sábado (07/09), e já com os ingressos lotados, Los Mirlos no SESC Pompeia, a banda de 50 anos de cúmbia peruana,, que conquistou a América combinando a música tradicional andino-amazônica com a mais vanguardista psicodelia. Já na próxima semana, na quinta-feira (12/09), direto do Paraguai vem o TEKOVETE, que reivindica a sua identidade através do Rap Jopara-Guarani com influências da Guarania, do Novo Cancioneiro, da Avanzada e de outros sons influentes do país. E também o Baile Rap Hour. E por fim, no dia seguinte (13/09), a argentina Sudor Marika, o grupo traz visibilidade às lutas do coletivo LGBTIQ+, com uma performance de palco que abre espaço para o delírio e a fantasia queer. E também a DJ e cantora baiana, Malfeitona, que é criadora e diretora artística das festas Malfestona e Saborrr. Esses shows, vem com sabor gostinho de quero mais e abre caminhos para o Festival MUCHO! nos dias 14 e 15/09.
Quem acompanha o MUCHO! notou a mudança de data para setembro, já que as últimas edições aconteceram em dezembro. A decisão de antecipar o festival está ligada à chegada da primavera e suas representações, como explica o curador Hernan Halak.
“O Festival acontecendo em setembro, mesmo antes da data que entra a Primavera, nos dá um sentido de celebração com antecedência a sua chegada! A Primavera tem essa característica do renascer, das cores, que eu acho que tem muito a ver com a América Latina e com os sentimentos que a latinidade traz, essa alegria, essa vontade de se misturar em cores, cheiros e lugares. Então é como se fosse um boas-vindas.”
O Festival MUCHO! é um canal para apresentar a música do continente que mais cresce a cada ano e de brinde, também conhecer mais sobre cada local e sua cultura. Bora, mis hermanos?
LINE-UP E DESTAQUES DO FESTIVAL:
O Festival Mucho! 2024 traz um line-up pulsante, representando a riqueza e a diversidade das batidas percussivas da América Latina, que exploram e expandem os limites com abordagens únicas:
Daymé Arocena (Cuba): Uma das vozes mais potentes e cativantes da nova geração da música cubana. Combinando jazz, soul, música afro-cubana e ritmos tradicionais de sua terra natal, Daymé entrega performances carregadas de emoção e autenticidade. Sua voz poderosa e presença de palco magnética transportam o público para uma jornada musical que honra suas raízes enquanto explora novas sonoridades.
Ghetto Kumbé (Colômbia): Uma força transformadora com seu projeto afrofuturista, combinando ritmos afro-caribenhos e afrocolombianos com influências da música africana. Conhecidos por sua poderosa base de percussão e fusão de elementos eletrônicos e tradicionais, Ghetto Kumbé já se apresentou em grandes festivais internacionais como Glastonbury e Roskilde, encantando o público com sua abordagem visceral e rebelde.
Ilú Obá De Min (Brasil): Um dos destaques culturais do festival, Ilú Obá De Min é uma associação paulistana dedicada à promoção das culturas afro-brasileiras e à valorização das mulheres negras. Fundado pelas percussionistas Beth Beli, Adriana Aragão e Girlei Miranda, o bloco afro Ilú Obá De Min, com 19 anos de tradição, abre o carnaval de rua de São Paulo, sendo um exemplo de empoderamento e resistência cultural.
Los Mirlos (Perú): banda de cúmbia peruana, original de Moyobamba, que há 50 anos combina a música tradicional andino-amazônica com a mais vanguardista psicodelia. Sua música conseguiu ingressar, direta ou indiretamente, o imaginário cultural de grande parte da América Latina durante os anos 80, 90 e 2000, transcendendo as barreiras de gêneros de música de baile.
Malfeitona (Brasil): multiartista soteropolitana que bate cabeça no rock, mete dança no pagodão e jura de pé junto que o carnaval de salvador é mais intenso que qualquer festival de metal que existe. A artista atua na música como DJ e cantora, além de ser criadora e diretora artística das festas Malfestona e Saborrr. Ao mesmo tempo que se encontrou musicalmente na agressividade, e estética do rock, metal e no método de “faça você mesmo” do punk, também teve como influência musical a música popular do seu entorno. Malfeitona cresceu no bairro Engenho Velho de Brotas, em Salvador, onde o pagodão baiano, o axé e o arrocha estavam presentes dia e noite. Assim, por osmose, se apaixonou pelo caos e sabor da festa de rua e pela música baiana.
Newen Afrobeat (Chile): Pioneiros do gênero afrobeat no Chile, celebram 15 anos de carreira pulsante. A banda mistura afrobeat, highlife, jazz, eletrônica e funk, e se destaca por suas colaborações com ícones da música global. Sua música explora temas de ruptura e transformação, refletindo a interconexão entre diversas culturas e raízes.
Sudor Marika (Argentina): é uma banda de cumbia dissidente originária de Dock Sud, Avellaneda, Buenos Aires, Argentina. Com um ativismo antifascista e popular, o grupo compõe músicas que trazem visibilidade às lutas do coletivo LGBTIQ+, com uma performance de palco que abre espaço para o delírio e a fantasia queer. SMK apresenta um show fora do armário, misturando toques do punk dos anos 80, a cumbia dos anos 90 e 2000, e a alegria combativa das lutas das dissidências sexuais.
TEKOVETE (Paraguai): o projeto musical que dá a fusão do Rap Jopara-Guarani com influências da Guarania, do Novo Cancioneiro, da Avanzada e de outros sons influentes do Paraguai, com uma potente trama poética. Estabelecendo suas bases no Hip Hop, o projeto busca constantemente reivindicar a importância da Identidade através de uma linguagem nativa, com uma narrativa popular rica em gírias e aforismos próprios da região, servindo como uma ferramenta de difusão cultural.
FESTAS:
Além dos shows, o Festival Mucho! 2024 oferece uma programação vibrante de festas e atividades, incluindo:
¡SÚBETE!: Uma celebração dos ritmos urbanos da diáspora afro-latina, com apresentações que exaltam a herança cultural e a resistência das comunidades LGBTQIA+.
BOGOTÁ: é um baile latino que vai além de uma simples festa; é um manifesto de celebração idealizado por Rafael Kent (em memória), Dieguito Reis e Leonardo Kary. O evento representa a rica diversidade cultural da América Latina, unindo diferentes ritmos e identidades em uma experiência sensorial vibrante. Nas festas, a música urbana latina domina o ambiente, com os DJs Dieguito Reis e Kary se apresentando juntos no esquema Back to Back, elevando ainda mais a energia do evento.
VIVA LA PACHANGA: Pachanga, originalmente uma vertente de música e dança de Cuba, acabou virando entre muitos latinos uma sinônimo de festa, uma gíria para designar uma “festa bem caliente”, normalmente regada a rum e tequila.O conceito do evento aborda a musicalidade e cultura afro-latinas, resultado de várias fusões culturais entre povos originários, africanos e europeus por toda a América Latina. Com muito ritmo, sabor e suor, a festa passeia por vertentes como: Salsa, Cumbia, Rumba, Lambada, Cadence, Merengue, Reggaeton, Zouk, Carimbó, entre outros.
PROGRAMAÇÃO:
MUCHO + Conexão
07/09 (sábado)
LOS MIRLOS (Perú)
Local: SESC POMPEIA
Horário: 18h30
Ingressos esgotados.
13/09 (quinta-feira)
Baile Rap Hour (Brasil)
TEKOVETE (Paraguai)
Local: Sol y Sombra
Horário: 20h
Ingressos:
https://www.sympla.com.br/evento/baile-rap-hour-tekovete-par/2615123
14/09 (sexta-feira)
SUDOR MARIKA (Argentina)
MALFEITONA (Brasil)
Local: Sol y Sombra
Horário: 20h
Ingressos:
https://www.sympla.com.br/evento/sudor-marika-arg-dj-malfeitona/2615128
Festival MUCHO! 2024
14 e 15/09
Local: Tendal da Lapa, São Paulo
Endereço: R. Guaicurus, 1100 – Água Branca
Entrada: Gratuita, é só chegar!14/09 (sábado)
14h – Início do evento
15h – ¡SÚBETE! (Brasil)
17h- Ilú Obá De Min: 20 anos (Brasil)
18h – ¡SÚBETE! (Brasil)
19h – Ghetto Kumbé (Colômbia)
15/09 (domingo)
14h – Início do evento
15h – BOGOTÁ (Brasil)
16h – VIVA LA PACHANGA! (Brasil)
17h – Daymé Arocena (Cuba)
18h – BOGOTÁ (Brasil)
19h – Newen Afrobeat (Chile)