Sun. Dec 22nd, 2024

De peito aberto às dores e delícias de um relacionamento, Mariana Volker explora sua versão mais vulnerável para compor um novo álbum. Intitulado Olho D’Água, o quarto disco de estúdio da cantora e compositora carioca, esmiúça cada momento que compõe um fim e extraí seis faixas deste processo. A mágoa, a dor, a saudade, o delírio, a fantasia e a cura protagonizam uma narrativa profunda, da artista consigo mesma. E todos esses versos desaguam em registros audiovisuais para ilustrar a intimidade sendo redescoberta no decorrer da sua carreira. Após apresentar o single “Como É Que Se Faz”, o disco Olho D’Água chega hoje às plataformas de streaming, acompanhando o videoclipe de “Deleita” – já disponível no canal de YouTube da cantora

Abraçando quem sempre foi, sem julgamentos ou filtros, Mariana toca nas profundezas de seus sentimentos e não fica só no raso das emoções. O nome do álbum, Olho D’Água, faz alusão ao seu signo solar em Câncer, e desta necessidade em desaguar os sentimentos, ela refaz a nascente que em algum momento se secou.

A partir do primeiro single, “Como É Que Se Faz”, o álbum visual foi tomando forma. “Deleita” é a faixa-foco que acompanha a chegada do disco completo: “Para eu poder identificar e então investigar cada sentimento, precisei primeiro abrir o baú de memórias e elementos que compõem essa história e mergulhar nisso tudo”, lembra a artista.

Lágrima”, “Gota a gota”, “Tu tá” e “Outras Pessoas” completam a tracklist do projeto que foi todo liderado por mulheres. Com produção musical assinada por Carolina Mathias, direção criativa de Miti e Ursula Barreto e fotografia de Lais Dantas, o álbum pode explorar as sensações, a visceralidade e a vulnerabilidade nas interpretações, das canções e na forma como foi gravado e concebido. 

À frente do violão e piano – seus instrumentos de palco –, Mariana traz um disco mais orgânico e intimista, convidando os ouvintes a viajarem nessa história também de forma visual, passeando por diferentes momentos de uma grande festa do início ao fim. “Todos os elementos fazem parte da narrativa. Eu estar tocando o meu violão ou o piano de armário – e sua desafinação própria –, por exemplo, faz parte de um processo bem vulnerável de ir afundo na solitude, de estar confortável comigo”, afirma Mariana.

A transmutação desse processo de dor para algo leve traz nas imagens e sons alguns segredos e detalhes sobre cada canção. Pensado do começo ao fim, o álbum visual será completado semanalmente com um novo videoclipe que se conecta com o que já foi apresentado nos dois primeiros singles. O registro audiovisual de “Lágrima” chega no começo de junho. 

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