O cantor e compositor Pedro Lanches tem conquistado cada vez mais espaço na cena musical brasileira, e sua autenticidade artística vem chamando a atenção tanto pela profundidade de suas letras quanto pela experimentação sonora que permeia suas canções. Pedro, que iniciou sua carreira solo em 2023, já se destacou anteriormente em bandas como Lukin e Funérea, e agora se prepara para o lançamento de seu novo single, “Olho Roxo”, que chega nos apps de música nesta sexta-feira (27). A faixa, que aborda temas como auto sabotagem e pensamentos intrusivos, traz à tona uma vulnerabilidade rara, acompanhada por uma sonoridade visceral e intensa, proporcionando uma experiência imersiva aos ouvintes.
Em entrevista exclusiva à Energy Mag, Pedro compartilhou detalhes sobre seu processo criativo e como ele equilibra a liberdade artística de sua carreira solo com as colaborações em banda. Além disso, ele revelou suas expectativas para o novo lançamento e discutiu como suas composições refletem suas batalhas internas e seu desejo de explorar novas sonoridades no futuro. Com uma trajetória marcada pela inquietação e inovação, Pedro Lanches segue expandindo seus horizontes musicais, solidificando sua posição como uma das vozes mais promissoras da nova geração.
“Olho Roxo” aborda temas como auto sabotagem e pensamentos intrusivos. Poderia nos contar um pouco mais sobre o processo de composição da música e como você lidou com essas lutas internas durante a criação?
Essa música foi a última letra a ser feita do disco, e é a única que eu me permiti abordar essa minha deficiência. Eu comecei a perceber que me auto sabotava em determinadas situações quando terminei um relacionamento equivocadamente, justamente porque meu inconsciente não achava que eu merecia aquela pessoa e ser feliz com ela. Mas consegui descobrir essa conduta a partir de muita terapia (risos).
Fotos: Divulgação
Você menciona que a sonoridade da faixa é desconfortável, mas busca uma resolução agradável. Como você conseguiu equilibrar esses elementos em “Olho Roxo” e o que espera que os ouvintes sintam ao escutá-la?
Eu e o Gustavo (produtor) escolhemos as dissonâncias pra representar a imprevisibilidade desse problema na minha vida, que acontecia quando eu menos esperava. Espero que os ouvintes sintam a estranheza e raiva que eu sentia quando eu me enganava, mas que gostem do som também!
Sua trajetória musical começou com a banda Lukin e agora você está focado na carreira solo. O que motivou essa transição e como você descreveria a diferença entre trabalhar em uma banda e como artista solo?
A transição pro projeto solo veio a partir da minha vontade de explorar a arte com liberdade ilimitada. Eu amo ter banda (inclusive tenho três, risos) e dividir o processo artístico com pessoas que admiro, mas também é muito legal ter mais autonomia pra criar, nenhum é melhor que o outro, mas é libertador ter a carreira solo pra me distrair das bandas e as bandas pra me distrair do projeto solo.
Com “Olho Roxo” e seus lançamentos anteriores, você tem mostrado uma mistura de gêneros e influências. Como você descreveria seu estilo musical atualmente e quais novos caminhos pretende explorar em suas futuras produções?
Eu acho que esse disco é um disco de rock, que tenta ao máximo não ser e flertar com outros tipos rítmicos e melódicos. Pro futuro, pretendo mudar a sonoridade, mas manter essa mesma filosofia.