Sun. May 18th, 2025

 A banda Glitter Paranoia, que estampa a nossa nova capa digital, está pronta para iluminar e agitar as plataformas de streaming com o lançamento do EP Apologia ao Glitter, que chega em 28 de fevereiro a todos os aplicativos de música, pela Marã Música. O novo trabalho mergulha em temas que transitam entre as relações humanas, as adversidades da vida e a busca pela autenticidade em meio às imposições da sociedade. 

O som da Glitter Paranoia se move entre o Rock, Punk e Pop, com forte influência Glam, tanto na musicalidade quanto na estética.

O EP foi produzido por Tadeu Patolla (Charlie Brown Jr, Strike, Deborah Blando), que desempenhou um papel essencial no amadurecimento estético e sonoro do projeto. Outro ponto alto das gravações foi a participação do baterista Bruno Graveto (Charlie Brown Jr, Strike, Cali), que trouxe grooves energéticos e dançantes para o projeto.

As composições de Apologia ao Glitter são inspiradas em experiências pessoais e observações do mundo. Junto ao EP, a banda lança um videoclipe que promete impactar visualmente. A direção ficou por conta de Samuel Guterman, com produção da Bahaez Pictures. O clipe conta com a participação de Leandro Affonso como o “inseto” e tem roteiro assinado pela própria banda.

A Glitter Paranoia não é apenas uma banda, é uma experiência artística completa. Além da música, o duo explora elementos sensoriais como perfumes e sons para criar um show imersivo.

Confira uma entrevista exclusiva com os artistas:

Em “Apologia ao Glitter”, vocês exploram a dualidade do doce e do ácido tanto nas letras quanto na sonoridade. Como essa dualidade se reflete no processo criativo e na mensagem que desejam transmitir?

A Ella é muito conhecida por suas makes com doces e por ter sido embaixadora da Bubbaloo durante anos, ajudando a construir uma identidade forte para a marca, sendo associada sempre à estética de doces, muitas cores, nostalgia e cultura pop. Com o Cripa, a Ella conseguiu se libertar dessa de que não pode expressar coisas “negativas” por repressão que vinha da igreja, que ela frequentou durante anos. Ela que viveu um relacionamento abusivo e desenvolveu transtorno alimentar por isso, pode finalmente cantar pra fora o que a esmagava por dentro, com letras doces e ácidas, que marcam as transições das suas relações até onde chegou com o Cripa e a banda. O Cripa é um rockstar, que não sai sorrindo por aí como a Ella, sempre ácido e rebelde, sua essência artística e personalidade foram moldadas principalmente pelo Punk Rock e pelo Blues. Tem presença, letras afiadas e despreocupadas. Sempre viveu no underground, na estrada, tocando em várias bandas e entrando bem pouco na internet, preferindo ficar na sua com seus instrumentos e seus livros. Agora, somando forças com a Ella, aprendeu a importância de estar online e dividir suas experiências com o público e tá curtindo muito! O Cripa ama os fãs da banda e se emociona muito por poder fazer parte das vidas das pessoas através da música, que é o centro de sua vida desde a adolescência.Ao se encontrarem, acabaram pegando um tanto da essência do outro, criando algo único para a Glitter Paranoia. Por serem um casal, as manias, valores e gostos se misturam e isso reflete muito nas músicas da banda.

O trabalho com Tadeu Patolla e a participação do Bruno Graveto trouxeram novas camadas ao som da banda. Quais foram os principais desafios e aprendizados durante esse processo de lapidação estética e sonora?

O principal aprendizado, foi a atenção cada vez maior aos mínimos detalhes, pequenos ruídos, desafinações e execução de algumas partes, que muitas vezes não são tão perceptíveis, mas que fizeram uma diferença gigante no resultado final. Saímos das sessões de gravação uma banda muito mais afiada tecnicamente e muito mas inspirada musicalmente.Trabalhar com o Tadeu é uma honra, pois ele é uma figura muito importante no Rock nacional, produziu músicas que amamos, (principalmente do Charlie Brown Jr) e é sincero direto e muito gente fina! Sempre aprendemos muito com ele e nos divertimos bastante também, nos demos bem logo de cara! Criamos juntos timbres, idéias e arranjos incríveis. Valeu Tadeu!Contar com a participação do Graveto também foi muito foda pra gente, ele é um baterista incrível, trouxe muito peso e personalidade única pros grooves, as músicas ganharam um brilho único com a participação dele e foi legal demais ver o batera do Charlie Brown tocando nossas composições, haha, tomo junto Graveto!O EP tá Rock do começo ao fim! Mal vemos a hora de dividir isso tudo com o mundo!

O videoclipe, com direção de Samuel Guterman e uma narrativa baseada em uma piada interna, promete impactar visualmente. Como surgiu a ideia desse clipe e de que forma ele dialoga com as temáticas do EP?

Nosso EP é um grande desabafo sobre como anda o mundo, como as relações são delicadas, como a gente sente raiva e acaba abafando este sentimento por pensarem que é “errado”. É errado se essa raiva ferir alguém, caso o contrário, tem que GRITAR, QUEBRAR coisa, colocar pra fora, ESCREVER MÚSICAS. Essa canetada veio em um momento super difícil que passávamos com uma stalker que nos tirou a paz por uns bons meses. E “OKAY!” é sobre isso, cansar de ser paciente e compreensível com pessoas que passam dos limites nas relações, que acham que são donas de você e tu chega no limite e declama com os pulmões “OKAAAAY!” e coloca de vez uma basta nisso ficando cara a cara com quem te asssombrava. Cartas na mesa, não debaixo da porta.É pra ser uma terapia. Ao menos é pra gente! Haha

Vocês destacam a proposta de criar uma experiência multissensorial, integrando música, perfumes e sons ao show. De que forma essa ideia de imersão se materializa no trabalho de vocês e o que os fãs podem esperar nos próximos eventos?

Acreditamos que a música ultrapassa a audição, então criamos algumas imersões para fazer durante os shows, onde iremos brindar a vida com doces, estourar balões cheios de glitter descarregando a raiva, em momentos específicos irão sentir aromas que a banda desenvolveu para criar uma imersão interessante que nenhuma câmera pode transmitir, devolvendo ao público uma sensação única aos shows que não pode ser compartilhada online (a não ser que comprem nossas essências* do merchandising que vai sair em breve! haha)Falando mais sobre essas essências, teremos três, inicialmente. Uma chamada “Glitter”, outra “Paranoia” e a outra “Glitter Paranoia”. A última é a que pretendemos usar inicialmente nos shows e reflete muito bem a personalidade da banda: doce, picante e rockstar. Com notas de cacau, pimenta e tabaco, nossa essência vai cativar o público como uma planta carnívora (nossa logo) faz para encantar suas presas. Sim, pois somos SELVAGENS e queremos devorar a atenção da galera.Os balões serão distribuídos para o público para estourarem em um determinado momento, um clímax interessante, todos vão se divertir, sentindo a liberdade tomar conta de si com a adrenalina do momento. Além disso, todos ficarão “paranoias” com bastante glitter espalhado. Todos saem do show glamurosos e marcados pela banda.Também terão doces nostálgicos personalizados de brinde, que são marca registrada da cantora e agora da banda, para sempre terem a lembrança doce dessa experiência.

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