Wed. May 14th, 2025

O cantor e compositor Wills Tevs, que estampa a nova capa digital da Energy Mag, apresenta no dia 31 de janeiro seu novo single, “Eu Gosto de Arriscar”, uma colaboração marcante com a banda SIDE. Lançada pelo selo Marã Música, a faixa estará disponível em todas as plataformas de streaming e inaugura a nova fase artística de Wills, marcada por experimentações sonoras e a busca por uma linguagem musical universal. Em entrevista exclusiva, ele detalha um pouco mais sobre o novo trabalho.

Com ares de hino atemporal, “Eu Gosto de Arriscar” aposta em uma fusão única de groove rock com toques de MPB, mantendo como foco a autenticidade das melodias vocais. “

O single também celebra a diversidade musical, que permeia o próximo álbum de Wills Tevs, previsto para 2025. Explorando influências que vão de estilos regionais ao pop rock, o novo projeto busca alcançar um público mais amplo sem perder a essência alternativa que o destacou no álbum de estreia, Espasmonumental (2021).

Para garantir um impacto emocional maior, Wills convidou a banda SIDE para colaborar, trazendo os vocais sensíveis de Jonas Demorê, que dialogam de forma envolvente com sua interpretação direta. O resultado é uma música que alterna entre momentos sutis e intensos, transmitindo a mensagem de renovação e aceitação.

“Eu Gosto de Arriscar” é apenas o início de uma sequência de lançamentos que reafirmam Wills Tevs como uma voz singular no cenário pop rock atual. Entre o alternativo e o popular, a música já nasce feita para playlists que valorizam a união entre rock, indie e MPB, prometendo conquistar diferentes públicos com sua personalidade ousada e universal.

Confira a entrevista completa:

O single “Eu Gosto de Arriscar” marca uma nova fase na sua carreira. O que motivou essa busca por experimentações sonoras e por uma linguagem musical mais universal?

Oi, que prazer falar com vocês e fazer parte desse time incrível! Olha, o processo de experimentar novos estilos e chegar a uma linguagem universal se deu de forma natural, dentro do meu próprio processo criativo. Quando eu tinha banda, no passado, as composições eram muito centradas em riffs e nas estruturas mais tradicionais do rock. Aí, durante a gravação do meu primeiro álbum (Espasmonumental, 2021) e num curso de composição que fiz, aprendi que uma música boa deve funcionar mesmo que seja só voz e violão

Passei então a focar nas melodias de voz e o quão longe eu poderia ir assim, o que culminou em músicas com andamentos e compassos peculiares. Eu permiti que minhas composições se tornassem aquilo que elas precisavam ser, mantendo um pé na minha identidade pop rock e outro em diferentes gêneros musicais. “Eu Gosto de Arriscar” é a síntese de todo esse trabalho.

A música mistura groove rock com toques de MPB. Como foi o processo de criar essa fusão e o que você acha que ela traz de especial para o público?

Primeiro, preciso destacar nesse processo o músico potiguar Toni Gregório. Ele tem um álbum lançado em 2023 chamado “AYA” e é um notório produtor e multi-instrumentista de Natal, que conseguiu executar minhas ideias de grooves, suingues e acordes, além de ter criado um solo de guitarra incrível. Eu precisava de um especialista em brasilidades como ele para chegar aonde eu desejava

Em novembro de 2024 eu chamei meu velho parceiro Rodrigo Cunha para editar, mixar e masterizar essa música, que atingiu assim todo seu potencial! E o público pode esperar o meu trabalho mais bem resolvido até hoje, pois é uma música que entrega o que eu tenho de melhor a oferecer. Tem um refrão pra cantar junto, dançar e refletir.

Você mencionou que o refrão da música foi pensado para grudar na cabeça e ser cantado junto. Como é para você equilibrar essa acessibilidade com a sua essência alternativa?

Eu acredito que a música alternativa tem muito a entregar a um público mais amplo, porque eu cresci vendo músicas alternativas atingindo o mainstream. Foi pelas rádios e pela MTV nos anos 90 e 2000 que eu conheci muitas bandas e artistas que me influenciam até hoje. Vivemos tempos diferentes, e eu acho que hoje em dia é muito mais difícil ter alcance sem seguir uma cartilha para entregar um produto de consumo em larga escala. 

Mas eu acredito que estou fazendo um bom papel de sintetizar ideias autênticas para que sejam assimiladas com facilidade, até para pessoas que não estão acostumadas a uma sonoridade que fuja aos padrões das músicas que bombam.

A colaboração com a banda SIDE trouxe uma dinâmica especial à faixa. Como foi trabalhar com Jonas Demorê e o que você acredita que essa parceria agregou à música?

O Jonas é um artista fora da caixa, assim como a SIDE é uma banda que tem muito a dizer, e de um jeito que é só deles. É o tipo de parceria que eu adoro fazer, pois não é só uma voz bonita, mas carrega sentimento, personalidade e interpretação. Eu quis deixá-lo à vontade para ser ele mesmo, e ele deu tudo de si – a melhor coisa que poderia acontecer. 

Me amarro também na imprevisibilidade de uma colaboração, pois é surpreendente os caminhos que a música pode tomar. Como diz a canção, eu gosto de arriscar, pois é assumindo riscos que se abraça o diferente e você pode se reinventar. Espero que este lançamento também traga novos ares para os amigos da SIDE, abrindo mais portas para o sucesso que já estão construindo.

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